Direção dos Correios criou um ambiente desfavorável para os trabalhadores
Com o objetivo de impor a proposta de 90% do IPCA desconsiderando negociar com base na pauta de reivindicação da categoria.
Durante as reuniões de negociação do Acordo Coletivo a direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos criou um ambiente desfavorável para os trabalhadores com o objetivo de impor a proposta de 90% do IPCA desconsiderando a pauta de reivindicação da categoria.
Com o salário de R$ 52 mil por mês, o presidente dos Correios disse não para o reajuste salarial dos ecetistas.
É bom lembrar, o presidente de uma empresa privada de logística, em São Paulo, recebe cerca de R$ 23 mil.
Enquanto isso, entre 2011 e 2021 o salário dos Carteiros foi em média reajustado em R$ 95,00 por ano.
E estes reajustes só foram possíveis porque os trabalhadores exigiram que a ECT viesse para a mesa de negociação.
Em muitas dessas negociações a estatal optou por inviabilizar a discussão e levar a decisão para o dissídio coletivo no TST.
Repetindo o comportamento do ano passado, nesta semana, a ECT publicou alegações no informativo "Primeira Hora" para culpar a categoria pela ausência de negociação entre empresa e trabalhadores.
Entretanto, os representantes dos trabalhadores participaram de todas as reuniões, inclusive àquelas nas quais a plataforma de vídeo chamada dificultou e impediu a negociação.
Sendo assim, em tom de ameaça, a empresa alegou que a partir de 1 de agosto as cláusulas do Acórdão TST 2021/2022 perderão a validade.
A empresa vai realizar apenas o pagamento dos benefícios previstos na legislação e em portarias internas.
O governo prefere utilizar o lucro obtido pelos Correios para fazer propaganda eleitoral destacando a recuperação financeira da estatal ao invés de conceder reajustes nos salários.
O acordo entre trabalhadores e representantes da empresa não foi fechado porque no processo de negociação coletiva, a ECT segue a orientação do governo, sendo conduzida sem ouvir a categoria.
Não existe negociação quando só uma parte pode falar.
Assim, a empresa decidiu não discutir a pauta integral de negociação.
A direção dos Correios não participou das reuniões e seus representantes não tinham poder de decisão, sua função foi apresentar e impor as condições.
O Comando Nacional segue disposto a negociar de maneira democrática.
Quando a empresa, cumprindo determinação do governo, impõe o corte de cláusulas do atual Acordo, ela está penalizando principalmente quem tem os menores salários.
Por outro lado, a direção dos Correios esconde as manobras para reajustar os salários mais altos da estatal.
Agora, resta à categoria fazer algo, e a mobilização é uma ferramenta e a greve o nosso último recurso.
Da parte da empresa faltou boa vontade e honestidade para negociar porque da parte do governo federal nunca esperamos nada.
A direção do Sintect/SC convida todos os trabalhadores dos Correios a estarem presentes em nossa próxima assembleia para decidir os rumos da categoria.
PARTICIPE!!!
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